A arte de andar de metrô em cirílico
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Acima e abaixo, rabiscos no meu inseparável folheto do metrô de Moscou |
Todo (bom) metrô de grandes cidades lembra emaranhados e causa estranheza ao turista à primeira vista. Se ele só tiver informações em cirílico, então, tudo parece mais difícil. O meu primeiro passeio de metrô em Moscou levou dez minutos para começar. Entrei na estação Bielorruskaya, a mais próxima do hotel, comprei um bilhete de cinco viagens com facilidade (piáti, five, mão aberta e 135 rublos contados). É magnético e quando você passa a roleta informa quantas viagens restam. Desci a gigantesca escada rolante e fui para a plataforma. Foi no metrô que minhas jurássicas aulas de russo mais me ajudaram na viagem. Fiquei lendo as informações e batendo com o meu mapa, tirado de uma revista. Os trens passavam, saía e entrava muita gente. Eu mudei de plataforma e continuei lendo, até enfim entender. Na Bielorruskaya, isso é óbvio no mapa, passam duas linhas: a verde e a cicrular marrom. As placas em cada plataforma indicam as próximas estações, da esquerda para a direita, no sentido do trem. Abaixo dos nomes de cada estação estão os outros destinos das diferentes conexões. São 11 linhas e quase 200 estações (182, vi numa reportagem, pois não contei). A maioria da população circula de metrô; então, tem sempre movimento. Mas não peguei nenhum trem lotado como os do Rio. A explição talvez seja simples: em horários de pico, conforme a linha, contei 50 segundos entre um trem e outro. Então tá: sai uma penca de russos e russas e entra outra penca de russas e russos. Sem muita turbulência nem esfregação nem disputa para arrumar onde se segurar. Perdoem a resolução menor; todas as fotos aqui foram tiradas com um iPod.
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As
placas informam: esta é a estação Bielorruskaya (último nome à
direita); e é a plataforma da linha marrom, que faz conexão com a
verde (estações listadas de cima para baixo à direita). A estação
seguinte é a Krasnopresneskaya. E assim por diante. Ao lado, frente e
verso do bilhete de metrô: 135 (menos de R$ 10) rublos para cinco
viagens.
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Placa na plataforma da Kurskaya, linha lilás, próxima estação: Ploschad Revolyutsi; depois: Arbatskaya, com as devidas conexões.
Tudo somente em cirílico |
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Cena comum na Plochad Revolutsii. Passageiros tocam nas estátuas de bronze. Diz a lenda que passar a mão no focinho do cão dá sorte, mas vi gente tocar numa pata e em outras estátuas também. Elas ficam sob os arcos da estação. Ah, e não é apenas um cão de bronze. Eu vi três deles, todos com focinhos ainda dourados graças aos esfregões |
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A Maiakovskaya num horário de pouco movimento: mármores, lustres e amplidão são comuns no metrô, cuja construção começou nos anos 1930, quando o comunismo era Deus na antiga URSS/CCCP |
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Acima e abaixo, mosaicos no teto da estação Maiakovskaya, na linha verde |
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Mais do teto da Maiakovskaya |
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A estação Bielorruskaya também tem mosaicos ao longo do teto |
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Este Lênin está na estação Kievskaya. E eu com ele, esperando o trem que já vem |
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A Kievskaya tem conexões com as linhas azul, lilás e marrom |
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Detalhe, creio que na Estação Teatralinaya |
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Escadas rolantes de diferentes estações, em Moscou e em São Petersburgo, todas grandiosas. Num dia contei no cronômetro: foram dois minutos e meio descendo. Geralmente são três escadas. Volta e meia tinha uma pifada, mas sempre duas funcionando. Não imagino como fazem caso duas parem. Ao pé de cada uma, sempre tem uma cabine com monitores de vídeo observando as escadas e cenas das plataformas. E dá para notar, todas têm muitas luzes | |
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Detalhe da Prospekt Mira |
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VDNKh? Prospekt Mira? Pushkinskaya? Não anotei |
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A estação Komsomolskaya é exuberante. Perto dela fica o terminal dos trens para São Petersburgo |
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Lustre na Komsomolskaya |
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A estação Gorkovskaya, em São Petersburgo, a mais próxima da Fortaleza de Pedro e Paulo |
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Placa no metrô de SPB: diferentemente de Moscou, informação também em inglês |
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Ainda SPB: Avtovo |
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Nestas duas fotos, uma curiosidade do metrô de SPB: a estação Maiakovskaya é uma que tem portas como de elevadores. O trem para e duas portas se abrem simultaneamente, a do trem e a da estação | |
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Em SPB, moedas para o metrô |
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A estação Teckhnologichesky Inst tem outro ponto comum no sistema metropolitano de SPB: duas linhas passam numa mesma estação. A linha vermelha vai para Devyatkino; a linha azul vai para Parnas. Os dois destinos ficam ao norte. Aqui as linhas se cruzam e depois seguem quase paralelas. Ou seja, não passa um trem para um lado e outro para o outro. Há uma outra plataforma, com outro acesso, com o mesmo Teckhnologichesky Inst no nome, com duas linhas para o sul |
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Repeteco sem amassados do metrô de Moscou. Só para comprovar como ele é abrangente |
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